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Saiba as diferenças entre óleos vegetais e essenciais

Oi gente, aqui é a Ana! Já faz cerca de dois anos que mudei radicalmente minha rotina de cuidados com a pele: passei a acrescentar óleos vegetais e essenciais em algumas etapas. Sempre que comento com alguém e menciono que minha pele é mista e um pouco acneica - oleosa na região T: testa, nariz e queixo, seca nas bochechas e maxilar - e que mesmo assim aplico óleos sobre a região mais oleosa, muitos se espantam. Para o senso comum, combater espinhas é sinônimo de erradicação de toda e qualquer oleosidade, de eterna busca por uma pele sequinha. Mas esse é um dos maiores e mais prejudiciais mitos que se pode acreditar no que diz respeito à uma pele saudável.


Nossa pele produz óleo para sua própria manutenção e cuidado, pois pele muito seca pode causar irritabilidade, envelhecimento precoce e outros problemas. É verdade que o combo oleosidade-poluição e sujeira no geral pode causar o aparecimento espinhas, mas com limpeza correta e aplicação de hidratantes e óleos não-comedogênicos (ou seja, que não acumulam sobre os poros), é possível promover hidratação, evitando a aparição de espinhas.


A nossa pele é mais inteligente do que pensamos: se aplicarmos os óleos certos, ela entende que não é preciso produzir mais; se a ressecarmos demais, exagerando nos tônicos com álcool, por exemplo, ela entende que é preciso produzir ainda mais óleo do que o normal, levando à uma piora no quadro da acne e do envelhecimento precoce.


Mas o que você sabe sobre óleos vegetais e essenciais, tão presentes em cosméticos veganos? Posso dizer para vocês por experiência própria: é fundamental saber em que diferem, porque suas aplicações na pele não são iguais. Ambos os tipos tem qualidades excepcionais, particulares quando analisamos os óleos individualmente, uma vez que cada um provém de um tipo diferente de planta - ou de partes diferentes da mesma planta.


Imagem 1: variedade de óleos vegetais e essenciais em uma loja de produtos naturais.

Óleos vegetais


Os óleos vegetais são conhecidos como “óleos sólidos” ou “óleos fixos”, pois não são voláteis, não evaporam como os óleos essenciais. Em aromaterapia, cosméticos e afins, os óleos vegetais tem uma função de transporte - isto é, como não são voláteis, tais servem para carregar óleos essenciais, serums ou hidratantes mais potentes para a pele de uma forma mais uniforme. Além disso, estes óleos são mais espessos, espalham melhor, têm a consistência oleosa da qual estamos mais familiarizados.


Diferentemente dos óleos essenciais, os vegetais não têm um aroma forte. Trazem apenas notas do aroma das plantas dos quais se originam. Para uso cosmético, é necessário que sejam prensados a frio (como na Imagem 2 a seguir), porque tal processo faz com que as propriedades do óleo e da planta se mantenham - ao contrário dos óleos de cozinha, submetidos ao processo de refinamento e às altas temperaturas, que faz com que sejam perdidas as propriedades terapêuticas.


Imagem 2: exemplo de óleo vegetal prensado a frio.

Usos: podem ser aplicados diretamente na pele, sem diluir. Presentes em demaquilantes naturais; componentes-base de cremes e serums; diluidores de óleos essenciais; excelentes óleos de massagem facial ou corporal.


Exemplos de óleos vegetais: jojoba, abacate, semente de uva, girassol, macadâmia, ricino/mamona (Castor oil em inglês).



Óleos essenciais


Diferentemente dos óleos vegetais, os essenciais são voláteis, isto é, evaporam mais facilmente. A consistência dos essenciais não é a mesma dos óleos vegetais: trata-se de um óleo fininho, que seca rápido e que tem um aroma muito mais acentuado/concentrado. São óleos que podem ser extraídos das mesmas plantas dos óleos vegetais, mas de partes diferentes.


Óleos essenciais têm diversas propriedades, dependendo do seu tipo. São algumas delas: antibactericidas, aliviam fadiga, perfumam, acalmam, entre outras funções. Existem diversas pesquisas que avaliam positivamente a eficácia desses óleos e existem evidências históricas que comprovam seu uso cosmético e medicinal nas sociedades antigas (como a romana e egípcia, por exemplo).


Mas cuidado: não é recomendado usar esses óleos diretamente sobre a pele, sem nenhuma diluição - podem causar irritação, ressecamento e outros problemas. A forma correta de se usar é diluir tanto em água - no caso do tratamento local de espinhas inflamadas - ou mesmo diluído em óleos vegetais. A proporção para diluição dependerá tanto da receita utilizada quanto do seu tipo de pele. As peles mais acneicas podem pedir maior concentração do óleo essencial em função do vegetal.


Usos: podem ser encontrados em sabonetes, shampoos e condicionadores, cremes, serums, tônicos, até mesmo em produtos de limpeza. Misturados com óleos vegetais, podem ser utilizados como óleo de massagem.


Exemplos de óleos essenciais: melaleuca, lavanda, capim-limão, camomila, cravo, eucalipto, sândalo, entre outros.


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Gostaram? Antes de aplicar na pele, pesquisem sobre o grau de comedogenicidade do óleo em questão (falaremos mais sobre isso no futuro). Para testar alergias e afins, aplique no maxilar, próximo das orelhas.


Fiquem atentos que em breve traremos posts separados para os vários tipos de óleos vegetais e essenciais, explicando quais são suas propriedades e usos individuais, também nossa experiência usando alguns desses óleos. Além disso, estamos sempre inserindo óleos vegetais e essenciais nas nossas receitas de cosméticos naturais e veganos (acessíveis através da aba Receitas no nosso site).

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