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Como identificar cosméticos veganos e cruelty-free?

Sabemos que produtos veganos para o corpo, pele e cabelo são minoria em supermercados, farmácias e lojas em geral. Muitas vezes é preciso pesquisar antes de sair às compras, o que demanda tempo. Mas é preciso entender que o processo de mudança de hábitos não é fácil e requer paciência e algum estudo e pesquisa. Procurando facilitar essa tarefa, trouxemos hoje algumas dicas que podem acelerar o processo de reeducação - afinal, ler e pesquisar mais sobre cosméticos veganos antes de comprar e aplicar na pele é fundamental.



Rotulagem vegana e lista de ingredientes:

Método muito difundido e usado, trata-se da observação e leitura dos rótulos e embalagens de produtos. Procure pelo logo “vegano” ou, também muito comum de encontrar, “100% vegano”. Além disso, busque o coelhinho da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) ou da CCIC (Coalition for Consumer Information on Cosmetics) para produtos de marcas que não testam em animais, isto é, livres de crueldade (cruelty-free). Algumas marcas não trazem o coelhinho, as vezes só a designação de que não testam em animais.


Mas o que fazer quando não há nenhum logo escrito “vegano”, apenas “cruelty-free”, ou quando, mesmo havendo, você ainda tem dúvidas de sua veracidade? É possível checar a lista de ingredientes e verificar um por um. Eu sei, assusta um pouco! Mas garantimos: depois de um tempo e de prática você decora quais ingredientes evitar e o processo flui bem mais rápido.


Logos comumente encontrados em cosméticos veganos e livres de crueldade.

Exemplo de cosmético (creme de pentear) vegano e cruelty-free.

Para exemplificar, selecionamos alguns ingredientes comuns em cosméticos, mas que são de origem animal:

  • Cera de abelha (Beeswax): origem autoexplicativa. Muito utilizada em cremes, maquiagens, loções, e principalmente em protetores labiais.

  • Lanolina (Lanolin): cera extraída da gordura da lã de ovelha, muito usada em shampoos, hidratantes, sabonetes, etc.

  • Queratina (Keratin): proteína sintetizada por muitos animais, encontrada em escamas, espinhos, pele, cascos, cornos, penas e bicos. É comum encontrar em shampoos, condicionadores e cremes.

  • Almíscar (Musk): perfume obtido através do forte odor secretado por uma glândula de cervos, patos, ratazanas, entre outros. Encontrado em perfumes e cremes.

  • Pérolas (Pearls): originada das ostras. Utilizada em esfoliantes, máscaras faciais, serums e cremes.

  • Sebo (Tallow): sebo de carneiro. Presente em shampoos, condicionadores e cremes.

  • Óleo mineral (Mineral oil): derivado do petróleo. Comum em cremes, shampoos, condicionadores, etc.


Esses são alguns dos ingredientes de origem animal presentes em muitos cosméticos. E quanto ao resto? Cobrir todos os ingredientes em um só post seria uma tarefa muito difícil, mas a PETA facilitou muito o trabalho dos veganos no mundo inteiro! No seu website, ela disponibiliza listas de marcas veganas e que não testam em animais, e as discrimina através de um filtro de país.


É fundamental entender que uma marca ser cruelty-free NÃO significa que seja vegana. É comum encontrar cosméticos que não foram testados em animais, mas que levam produtos de origem animal em sua composição. Além disso, algumas marcas podem não testar em animais aqui no Brasil, mas testar em outros países (como a China). Fiquem atentos! A lista da PETA é extremamente útil nesse aspecto, porque lista as companhias que são verdadeiramente veganas e cruelty-free, bem como as que não são veganas também, mas que não testam em animais.


Por fim, outra opção bacana é o site da Selo Vegano, que disponibiliza o nome das marcas que são veganas - portanto, livres de crueldade - do cenário de comidas e cosméticos brasileiros.


Parece complicado, mas trocar seus cosméticos de origem animal (e que testam em animais) por produtos veganos é realmente possível. A tendência é que as marcas apostem cada vez mais em cosméticos veganos. Mas, para que isso aconteça, precisamos fazer nossa parte: estudando, mudando nossos hábitos e cobrando das empresas produtos livre de crueldade e exploração animal.

Na nossa pesquisa, identificamos outras questões, como marcas que se dizem veganas e cruelty-free, mas que não garantem o mesmo de seus fornecedores, como é o caso da Granado e da Unilever. Traremos essa discussão num futuro próximo, então fiquem ligados!

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